Ricardo: “É preciso um tecido social para que caibam todos. Hoje cabem poucos”

Ao ser homenageado, no começo desta semana, pelo Ministério Público da Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) se permitiu, em seu discurso, dar um tom de repaginação e de despedida às palavras.

Leia alguns trechos.

“Nenhum de nós somos ou seremos plenos.

“Ao longo da caminhada, como governador, pude entender a importância do Ministério Público (…) O MP é muito mais do que a paridade (salarial, com o Judiciário). Esse é um debate vencido (…) O MP presta um serviço insubstituível à população.

“Ao longo desses 8 anos, nós (ele e o MP) nunca nos faltamos. Nós nos demos tranquilidade e segurança na relação.

“Nós últimos quatro anos o País viveu num quadro de anarquia administrativa promovida pela política. E pagamos muito caro, até dividindo a sociedade.

“Entre 2011 e 2018 teve o principal crescimento histórico no repasse (de recursos) aos demais poderes na Paraíba (…) Houve anos em que o duodécimo (fatia das receitas que cabe aos demais poderes) cresceu 15%, contra uma inflação de 5%.

Foto: Ascom

“Tenho sempre em mente que o orçamento público tem que dar para todos.

“É preciso um tecido social para que caibam todos. Hoje cabem poucos.

“Estou concluindo um período de vida bastante intenso. Tenho a dimensão do que é ser bastante cobrado”.

Ainda o governador: ”Eu até gosto da expressão ´mão de vaca´ (pessoa amarrada, financeiramente falando). Pra mim, isso significa responsabilidade para com todos”.

 

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