Azevêdo e outros governadores pedem a Guedes melhor relação para tramitar reforma

Governadores cobraram nesta terça-feira do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma melhora na relação entre Executivo e Legislativo, para que a tramitação da reforma da Previdência não seja prejudicada por conflitos políticos. A cobrança foi realizada durante reunião do Fórum de Governadores, no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, e ocorre dias após embates públicos entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o papel de cada um na tramitação da reforma.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que foi demonstrada uma “preocupação evidente” sobre as relações entre governo e Congresso.

— Aproveitamos a oportunidade para deixarmos claro, vários governadores, uma preocupação evidente com as relações entre governo e Congresso — disse Leite.

De acordo com Leite, governadores estão preocupados com o “tempo político” da tramitação da reforma, porque a aprovação ficaria mais difícil com a proximidade das eleições municipais. Segundo ele, Guedes afirmou que tem “respaldo político” para conduzir as reformas.

Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), não há ambiente político para a tramitação da reforma da Previdência.

— O ambiente político não está propício para a tramitação da proposta. O confronto entre instituições e entre Poderes tem atrapalhado. Isso foi dito ao ministro Paulo Guedes, que fez questão de não entrar neste debate — afirmou Casagrande.

Para João Azevêdo (PSB), os estados precisam de alternativas para reduzir seus déficits e ter acesso ao crédito.

— Nós precisamos discutir caminhos que o país precisa tomar para que os Estados saiam da situação que se encontram – alguns deles com problemas mais sérios que os da Paraíba -, mas a nossa preocupação é no sentido de encontrar meios e ações de apoio às gestões estaduais”, afirmou, durante entrevista no programa Fala Governador, da rádio Tabajara.

O Globo