Marcada para esta sexta-feira (14), a greve geral deve acontecer em pelo menos 50 cidades na Paraíba, conforme estimativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em João Pessoa, a concentração está agendada para começar às 5h, na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Em contato com o Portal MaisPB, o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, informou que já no começo da manhã, os militantes vão coordenar as manifestações em João Pessoa. Motoristas de ônibus, bancários, professores, e comerciários vão participar do movimento que, segundo ele, teve um grande crescimento na adesão.
Os manifestantes vão protestar contra a reforma da Previdência, o desemprego, os cortes na Educação e a privatização, pautas do governo do presidente Jair Bolsonaro.
“Ele [Bolsonaro] não tem uma proposta, a população não tem um fio de esperança. Com o aumento do desemprego, o mercado informal tem crescido e o país está parado. Sem diálogo, esse governo é uma tragédia, temos que lutar contra essa inércia”, disse Marcelo ao Portal MaisPB.
Às 15h os protestos irão se concentrar no Parque Solon de Lucena, na Lagoa, Centro de João Pessoa. Ele garante que a medida é necessária. “Ninguém quer greve, greve dá trabalho, mas quando não há outro jeito, tem que protestar”, justificou.
O Portal MaisPB procurou o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sintur-JP), que informou que a determinação é para que a frota circule normalmente, no entanto, a greve pode acontecer por parte dos motoristas.
Em Campina Grande, o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes Urbanos de Passageiros disse que pretende aderir à greve e paralisar 100% dos ônibus.
A CBTU, em nota, informou que a circulação de trens está mantida para esta sexta-feira, já que não houve adesão de todos os empregados à paralisação anunciada pelo sindicato profissional.
A greve afeta também as aulas nas universidades e nas redes municipal e estadual de ensino.