Sarampo: federação de hospitais diz que funcionários têm que se vacinar

A Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (FEHOESP) emitiu um alerta na quarta-feira (7) para que 740 mil profissionais de saúde da rede privada do Estado de São Paulo se vacinem contra o sarampo.

O Estado passa por surto da doença, com registro de 967 casos até 31 de julho, o que equivale a um aumento de 53% em uma semana, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Leia também: Sintomas do sarampo vão muito além de manchas vermelhas

Cerca de 80% dos casos se concentram na capital. No total, 32 cidades enfrentam surto, sendo 17 na região metropolitana.

A orientação da FEHOESP engloba médicos, enfermeiros e colaboradores terceirizados, como serviços de limpeza, recepção e manobrista. Segundo a Federação, todos os profissionais devem tomar duas doses da vacina em um intervalo mínimo de 30 dias, independentemente da idade.

O órgão ainda recomeda que pacientes com suspeita de sarampo sejam isolados em serviços de emergência, não compartilhando a mesma sala de espera com os demais, para que se evite a proliferação da doença. “Cada paciente com sarampo pode contaminar de 16 a 17 pessoas”, ressaltou Yussif Ali Mere Jr., presidente da FEHOESP, por meio de nota.

FEHOESP afirma que contribuiu para a realização dessa campanha o fato de menos de 90% dos profissionais de saúde terem aderido à campanha de vacinação contra a gripe. “O receio é de que esta baixa adesão se repita”, diz a nota.

A campanha de vacinação contra o sarampo no Estado de São Paulo vai até dia 16. O público-alvo são jovens de 15 a 29 anos e bebês de 6 meses a 1 ano de idade.

O Ministério da Saúde divulgou na terça-feira (6) um alerta pedindo que bebês entre 6 meses e 1 ano sejam vacinados, em caso de viagem para uma das 43 cidades brasileiras que enfrentam surto da doença, com 15 dias de antecedência.