PF aponta indício de que marqueteiro de Aécio recebeu da Odebrecht sem prestar serviço; senador nega

A polícia Federal apontou mais um indício de que entre 2009 e 2010 o marqueteiro do senador Aécio Neves (PSDB) recebeu dinheiro da empreiteira Odebrecht sem prestar serviço.

O inquérito foi aberto no ano passado a partir da delação premiada de executivos da construtora Odebrecht.

Em depoimento, o executivo Sérgio Neves disse que, a pedido do senador, a Odebrecht repassou dinheiro por meio de caixa 2 para a campanha de Antonio Anastasia ao governo de Minas Gerais.

De acordo com a investigação, a contrapartida seria ajuda à Odebrecht, para a empresa obter benefícios em obras em Minas Gerais.

Em nota, a defesa de Aécio Neves disse que não houve nenhum ato irregular por parte do senador, que nenhum delator fez qualquer acusação referente à existência de contrapartida pelo senador e que o serviço de publicidade foi prestado. A assessoria de Antonio Anastasia afirmou que ele nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém.

O pagamento de R$ 1,8 milhão teria sido combinado diretamente com o executivo Benedicto Junior, da Odebrecht.

“Em junho de 2009, Benedito Jr. me procurou reportando que havia acertado com Aécio Neves um apoio para a pré-campanha do Antonio Anastasia para o governo de Minas, para concorrer como candidato ao governo de Minas. Me indicou que o valor que a empresa iria contribuir era de R$ 1,8 milhão e que deveria ser feito via um contrato com o marqueteiro do Aécio, que era o Paulo Vasconcelos do Rosário”, disse Sérgio Neves no depoimento.

O executivo ainda contou na delação que Vasconcelos o procurou e os dois teriam combinado que o pagamento seria feito por meio de um contrato fictício de um plano estratégico de comunicação para a empresa.

“Dessa forma, depois de acertado, chegado a um consenso com o Paulo sobre o escopo, esse escopo, eu elaborei na sequência o contrato que contemplava 12 parcelas de R$ 150 mil, totalizando R$ 1,8 mihão. Os valores começaram a ser pagos em julho de 2009 e concluíram até julho de 2010. Foram pagos integralmente, sem que nenhum serviço tivesse sido prestado”, declarou.

Globo.com/Foto: Reprodução 

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