Filmes ficcionais produzidos em duas cidades do Cariri são selecionados para o Fest Aruanda

Com patrocínio do Grupo Energisa e Armazém Paraíba, o 13º Fest-Aruanda do Audiovisual Brasileiro, de 6 a 12 de dezembro de 2018, recebeu este ano um número recorde de inscrições que surpreendeu seus organizadores. Foram 521 filmes inscritos, entre curtas de ficção, documentários e filmes de animação, além das categorias de TV Universitária.

O número é o maior desde a criação do Festival. “Isso representa mais do que o dobro das inscrições que tivemos no ano passado e  reforça a consolidação do festival, onde até filmes de longa-metragem foram enviados”, disse o produtor executivo, Lúcio Vilar.

Ele também destacou o trabalho árduo dos jornalistas Amilton Pinheiro e Clarissa Kuschnir, de São Paulo e Suyene Correia Santos,de Aracaju, que assinam a curadoria de curtas.

Foram selecionadas 12 produções. Delas, nove são ficções, a categoria campeã deste ano, seguido de documentários (2) e  um de animação. Há representantes das regiões Nordeste, Sul, Sudeste e do Distrito Federal. Da Paraíba, três filmes ficcionais foram selecionados, oriundos de João Pessoa e dos municípios São Domingo do Cariri e Congo.

“Fico feliz de poder ter assistido a tantos curtas diversificados, vindos de todas as partes do Brasil e que dialogam cada vez mais com o público a partir de temas atuais e necessários que precisam ser vistos e discutidos nos festivais”, observa Clarissa Kuschnir, sobre a sua experiência  participando dos trabalhos.

Já Amilton Pinheiro ressaltou a importância da seleção. “Ela perpassa sintomas agudos das nossas mazelas sociais atreladas à nossa incapacidade de equacionar privilégios arraigados que nos molda entre preconceitos e preceitos, enquanto os desvalidos de muitas existências querem continuar existindo nas metrópoles e nos recantos dos sertões euclidianos”, destacou.

“Para mim,’’ diz ele, ‘’foi muito gratificante participar do júri de seleção do Aruanda. A partir de um universo de mais de 500 filmes, tomei conhecimento do que está sendo produzido nos cursos de cinema, nas produtoras independentes, país afora”.

‘’São filmes interessantíssimos, criativos, com temáticas urgentes que têm os festivais como principal janela de difusão e reconhecimento da obra’’, diz Suyene Santos. ‘’ Fico feliz de contribuir para que esses títulos saiam do anonimato e torço para que os realizadores se sintam estimulados a produzir cada vez mais. Vida longa ao Fest Aruanda!”

Os Curtas:

“Passo” de Sérgio Rizzo – Documentário (SP)

“De De Vez Em Quando, Quando Eu Morro, Eu Choro” de R. B. Lima – Ficção (PB)

“Roda da Fortuna” de Luciano Porto – Ficção (DF)

“Rasga Mortalha” de Patricia de Aquino – Ficção  (São Domingo do Cariri/PB)

“Reforma” de Fábio Leal – Ficção  (PE)

“Formidável Fabriqueta de Sonhos Menina Betina” de Tiago Ribeiro – Animação  (Pelotas/RS)

“Distúrbio” de Cláudia Ribeiro – Ficção  (SP)

“Fè Mye Talè” de Henrique Lahude – Ficção  (Encantado/RS)

“Edney” de João Roberto Cintra – Ficção  (PE)

“Divina Luz” de Ricardo Sá – Documentário  (ES)

“Ultravioleta” de José Dhiones Nunes – Ficção  (Congo/PB)

“Abismo” de Ivan de Angelis – Ficção  (RJ)