O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), fez um balanço da segurança pública durante os seus quase oito anos de governo. Faltando menos de um mês para deixar o cargo, ele considera que um dos seus maiores méritos na área será deixar o Estado, pela primeira vez na série histórica, com a média de homicídios por cada 100 mil habitantes menor que a do Brasil.
“Estamos lutando para ficar na média dos 30 homicídios a cada 100 mil habitantes. Pela primeira vez, a Paraíba vai ficar abaixo da média do Brasil. O país cresceu e é um problema gravíssimo esse de crimes contra a vida, é um surto de violência muito intenso. Então o Brasil cresceu e o Nordeste também cresceu. Na verdade, esse problema que existia muito nas décadas de 1980 e 1990 no Sul e Sudeste, passou para o Nordeste. Nos anos 2000, 58% dos crimes estavam no Sudeste e agora 56% estão no Nordeste”, avaliou.
“Não são apenas números. Isso é muita gente que deixou de morrer. Para se ter ideia, se nós tivéssemos mantido o mesmo crescimento anual que tinha em 2010, a Paraíba tinha matado em 2017, 5.974 pessoas. Foram mortas 1.285. Isso tem uma diferença efetiva, que são pessoas que deixaram de morrer”, considerou.
“Uma das cidades mais seguras do mundo é Paris. Mas se você for lá hoje e pesquisar o sentimento de insegurança, vai ver que é um dos maiores do mundo. Na verdade, mesmo com o decréscimo dos indicadores, o sentimento não acompanha o mesmo ritmo. Estava recentemente em Salamanca, caminhando em uma rua e me lembrei que se fosse no Brasil, provavelmente eu não passaria por ali. A realidade é outra. E vai demorar para melhorar isso. Agora, todos os indicadores, com exceção de 2018, com exceção de assalto a banco, que vamos crescer em torno de 2%, mas ainda estamos estáveis, porque no ano passado diminuímos bastantes, com exceção disso, os assaltos a ônibus coletivos, assaltos a estabelecimentos comerciais, todos eles foram diminuídos”, garantiu.
Secom