MPF acusa futuro ministro do Meio Ambiente de abuso de poder econômico

Ricardo Salles, futuro ministro de Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PSL), foi acusado, nesta terça-feira (11), pelo Ministério Público Federal (MP), de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação nas eleições de 2018. O órgão pede a inelegibilidade, por oito anos, de Salles.

O MPF afirma que o futuro ministro comprou espaço para 13 anúncios de grande circulação nacional ao custo de R$ 260 mil durante período proibido pela legislação eleitoral. Segundo a acusação, as propagandas foram travestidas “de propaganda institucional da pessoa jurídica ‘Movimento Endireita Brasil’ [entidade da qual Salles é um dos fundadores]”, com presença de fotografias – ou assinatura e nome – do futuro ministro em todas elas.

A acusação se soma à ação de improbidade administrativa por suspeita de ocultação de alterações em mapas de zoneamento ambiental do rio Tietê, na Grande São Paulo, durante o período em que Salles foi secretário do Meio Ambiente do governo de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

 

Folha de S.Paulo