A ida de Ribeiro para o Domingo Espetacular já está sacramentada. Nos próximos dias, Antonio Guerreiro, novo vice-presidente de Jornalismo, deve definir quando será a estreia de Ribeiro como apresentador fixo da atração, que dura quase quatro horas.
Criado em 2004 para ser uma versão da Record para o Fantástico da Globo, o Domingo Espetacular sempre teve três apresentadores. Desde 2017, com a chegada de Patrícia Costa, passou a ter quatro. Agora serão cinco.
Nos bastidores da Record, a promoção de Eduardo Ribeiro é vista como uma movimentação para um um futuro afastamento de Paulo Henrique Amorim. Quando vencer seu contrato, em 2021, o jornalista já estará perto dos 80 anos –acabou de completar 77.
Se uma das partes optar por não renovar o contrato, o que é muito provável, o Domingo Espetacular não sofrerá muito impacto, uma vez que já terá nova “cara”, a de Edu Ribeiro, sempre apontado como futuro apresentador do Jornal da Record, onde dá plantão na bancada com frequência.
Amorim ameaçado
O emprego de Paulo Henrique Amorim já esteve ameaçado outras vezes, mas resistiu. Suas opiniões políticas são o principal problema, geram pressões sobre os executivos da emissora. Mas Amorim as expõe em território independente na internet, não na Record. Além disso, ele goza de prestígio com a direção da Record e com o público. Segundo as pesquisas, ele dá credibilidade ao DE.
A Record, porém, passa por um momento de transformação no Jornalismo. Antonio Guerreiro assumiu em janeiro no lugar de Douglas Tavolaro, que vai fundar a CNN no Brasil, e promete dar uma “chacoalhada” no departamento.
Na semana passada, fechou a contratação de André Azeredo, o repórter mais popular da Globo em São Paulo, para apresentar o SP no Ar. A emissora também anda sondando medalhões da Globo e de outras emissoras. Um dos nomes cogitados recentemente foi o de Ana Paula Padrão.
A casa também cogita lançar um telejornal no horário ocupado nos últimos anos pelo Programa do Porchat, e já disparou o radar sobre nomes famosos da Globo.
Nesse cenário de transformação interna e diante da conjuntura política nacional, pode ser que agora Paulo Henrique Amorim esteja mais ameaçado do que nunca.