Polícia prende dois suspeitos acusados pela morte de Marielle Franco; principal acusado mora no condomínio de Bolsonaro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (12) dois policiais militares suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em 14 de março do ano passado em um crime ainda não esclarecido.

 

Eles foram presos por ordem do juiz-substituto do 4º Tribunal do Júri Guilherme Schilling Pollo Duarte, após denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MPRJ. Um dos acusados mora no mesmo condomínio do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Integrantes da Delegacia de Homicídios e do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação para prender ao menos dois suspeitos de estarem no carro utilizado no crime. A ação foi feita com equipes reduzidas para evitar chamar atenção. Às 5h, equipes já cumpriam mandados de prisão em endereços dos suspeitos.

 

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Durante a operação, foram presos o policial reformado Ronnie Lessa, 48, e Élcio Vieira de Queiroz, 36, também militar.

 

Ronnie é apontado como um dos suspeitos de ter atirado com a arma que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. Já Elcio Vieira seria suspeito de estar no carro quando os tiros contra a vereadora foram disparados.

 

ENTENDA

Anderson Gomes levava Marielle e uma assessora de um evento da Lapa, centro, para a Tijuca, zona norte. No meio do caminho, em uma região do centro conhecida como Cidade Nova, um carro emparelhou com a do vereadora e uma pessoa disparou, segundo a polícia, uma arma automática.

 

Ainda de acordo com o jornal O Globo, o policial Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste. O local é o mesmo que o presidente Jair Bolsonaro tem casa.

 

A operação desta manhã foi a primeira com a participação do Ministério Público do Rio, por meio do Gaeco, que é o grupo de combate ao crime organizado. Essa unidade investiga crimes principalmente relacionados às milícias no Rio. De acordo com o jornal carioca, Lessa entrou na lista de suspeitos após ser vítima de uma emboscada, em 28 de abril, trinta dias depois do assassinato da vereadora.

 

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