Gestores de instituições federais entregam carta para deputados sobre impactos dos cortes de verbas pelo MEC

Os reitores das universidades e dos institutos federais de Pernambuco se reuniram na tarde desta terça-feira (13), com deputados federais, no auditório da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife. Para ajudar na negociação com o governo federal, uma carta com dados que mostram o impacto do corte de verbas pelo Ministério da Educação (MEC) foi entregue aos parlamentares durante o encontro. (Veja vídeo acima)

De acordo com os gestores das instituições de ensino superior no estado, o funcionamento dos prédios, projetos em comunidades e pesquisas científicas estão ameaçados, caso os cortes sejam mantidos.

A reitora do Instituto Federal do Sertão, Leopoldina Veras, diz que a dimensão desse impacto no corte de verbas é de R$ 8 milhões nos dois institutos de Pernambuco, que abrangem sete campi. “O dinheiro é destinado para energia, água, manutenção de transporte, diárias, passagens. Isso vai colocar em risco a qualidade da formação do nosso jovem”, explica.

A carta foi entregue ao deputado Wolney Queiroz (PDT), coordenador da bancada pernambucana na Câmara dos Deputados.

“Vamos repassar esse documento para a bancada de Pernambuco. Mas o que estamos vendo aqui não é apenas uma reunião, aqui é um grito de socorro da Academia de Pernambuco pedindo apoio da bancada federal do Estado de Pernambuco para enfrentar esses cortes que atingem as universidades federais”, declara o parlamentar.

De acordo com o deputado federal Danilo Cabral (PSB), que coordena a Frente de Valorização das Universidades e Institutos Federais de Pernambuco, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado para uma audiência na Câmara dos Deputados na quarta-feira (15). “Ele precisa conhecer as razões afetivas desses cortes”.

No encontro, o deputado federal Túlio Gadelha (PDT) propôs destinar emendas parlamentares para garantir verbas para as universidades e instituições federais de Pernambuco para 2020. São emendas que fazem o governo ter obrigação de aplicar o dinheiro.

“São cerca de R$ 10 milhões de cada instituto, das universidades do Sertão, da universidade do Agreste, da universidade da Região Metropolitana e dos institutos federais. Isso soma-se R$ 40 milhões que serão investidos em emendas parlamentares dentro desse orçamento que será obrigado pelo governo federal implementar esse recurso”, afirma.

O encontro foi organizado pela reitora da UFRPE, Maria José de Sena. “Nós vamos reafirmar a nossa solicitação da atuação desses parlamentares junto aos ministérios da Economia e da Educação para reverter esse bloqueio de 30% dos nossos orçamentos”, declara.