Volumes dos açudes da PB somam apenas 9,9% da capacidade total

Paraíba tem apenas 9,93% de água da capacidade total de seus reservatórios, conforme mostra um levantamento feito com base na capacidade total dos açudes do estado e o volume atual em que eles estão. Mesmo com as chuvas registradas no mês janeiro deste ano, em várias regiões do estado, o volume de água diminuiu em relação ao levantamento feito pelo G1 no início do ano, quando a média geral era de 10,37%, perdendo 16,7 milhões de m³ em menos de um mês.

Os dados foram levantados junto ao site da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa). Dos 127 mananciais monitorados, 63 estão em estado crítico (com menos de 5%) e apenas dois estão sangrando. Entre os açudes monitorados, 24 deles estão com 0%. No início de janeiro deste ano, eram 16 açudes com 0%.

De acordo com os dados da Aesa, somando a capacidade total de todos os açudes monitorados pela agência, a Paraíba tem condições de armazenar até 3.783.915.864 de metros cúbicos de água. Mas, com base na soma dos últimos levantamentos de volumes feitos, juntos, os 127 açudes estão com 375.857.458 metros cúbicos de água, o que corresponde a 9,93% do potencial total.

Ainda segundo os dados da Aesa, dos 127 açudes, 63 deles estão em estado crítico, por estarem com menos de 5% da capacidade total e outros 33 estão em situação de observação, pois estão com menos de 20% do volume total de água.

Entre os 63 açudes em situação considerada crítica estão reservatórios que são de grande importância para abastecimento de regiões no estado e que também levam água para o Rio Grande do Norte. São eles o maior açude da Paraíba, Coremas (4,1%), além de Mãe D’Água (2,7%), Engenheiro Ávidos (3,2%) e o açude de Acauã (3,2%).

Os únicos açudes que estão com 100% da capacidade nesta quinta-feira (1º) são o pequeno açude Olho D’água, em Mari, que tem capacidade para 860 mil m³ e o açude São José, em Monteiro, no Cariri. Entretanto, o açude de Monteiro só está sangrando porque o manancial está recebendo as águas da transposição do Rio São Francisco.

Coremas

Um dos açudes que está em situação crítica é o de Coremas, no Sertão, que é o maior da Paraíba, e tem capacidade para armazenar 591.646.222 m³. Segundo a Aesa, ele está com apenas 24.458.180 m³ o que equivale a 4,13%. Em janeiro deste ano ele estava com 4,15% do volume total.

Boqueirão

O açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no Cariri paraibano, teve um melhora no mês de janeiro. Nesta quinta-feira ele estava com 42.326.032 m³, o que representa 10,28% da capacidade total. No início de janeiro, Boqueirão tinha apenas 9,66%. O açude está recebendo recarga das águas da transposição do Rio São Francisco desde 18 de abril de 2017. Ele abastece Campina Grande e outras 18 cidades do Agreste.

Gramame

O açude de Gramame, que abastece a Região Metropolitana de João Pessoa, continua em boa condição, apesar de o volume ter caído de 87,69% para 85,91% entre o início de janeiro e esta quinta-feira. Mesmo tendo uma capacidade menor, em relação aos grandes açudes da Paraíba, o reservatório tem recarga constante. Dos 56.937.000 m³ que pode armazenar, o manancial está com 48.914.250 m³, sendo o açude com maior quantidade de água em metros cúbicos da Paraíba.

Alto Sertão

O açude de São Gonçalo, em Sousa, no Sertão, também perdeu volume apesar das chuvas. Segundo a Aesa, ele está com 5.562.100 m³ de a água, o que equivale a 12,47 %. No início de janeiro deste ano, ele estava com 4,09% da capacidade total. São Gonçalo tem potencial para armazenar até 44,6 milhões de m³.

CARIRI EM AÇÃO

Com G1/Foto: Felipe Valentim/TV Paraíba

Leia mais notícias em caririemacao.com, siga nossa página no FacebookInstagram e Youtube e veja nossas matérias, vídeos e fotos. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Cariri em Ação pelo WhatsApp (83) 9 9634.5791, (83) 9 9601-1162.