Na esteira da Caixa, bancos diminuem taxas de juros do crédito imobiliário

O anúncio da Caixa Econômica Federal, feito em abril deste ano, de que estava reduzindo a taxa de juros do crédito imobiliário provocou uma reação em cadeia dos bancos concorrentes. No dia 16 de abril, a Caixa baixou os juros para linhas de financiamento que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo após o Comitê Monetário (Copom) anunciar nova queda da taxa básica de juros, a Selic.

A taxa mínima da Caixa caiu de 10,25% para 9% ao ano nas compras de imóveis realizadas através do Sistema Financeiro Habitacional (SFH) – na Paraíba, o SFH engloba imóveis residenciais com valor de até R$ 800 mil. Além disso, o banco público reduziu os juros de imóveis no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) – com preços acimas do limite do SFH – de 11,25% para 10% ao ano.

À época, o presidente da Caixa informou que a medida teria impacto direto no setor de construção civil e aumentaria a competitividade da Caixa em relação a outros bancos. “Vai fazer com que tenhamos mais financiamentos imobiliários e isso tem em instância final a geração de emprego e renda”, afirmou Nelson Antônio de Souza.

Entretanto, logo após o anúncio do banco público, duas instituições privadas também anunciaram redução na taxa de juros. O Santander anunciou queda de 9,49% ao ano para 8,99% no SFH; e de 9,99% para 9,49% no SFI. O Bradesco, por sua vez, baixou a taxa do SFH de 9,3% para 8,85% ao ano; a do SFI caiu de 9,7% para 9,3% ano ano. Já o Banco do Brasil divulgou uma redução para taxa mínima de juros do SFH, que caiu para 8,99% ao ano.

Por fim, no dia 21 de maio, o Itaú Unibanco baixou os juros de 9% para 8,8% ao ano para SFH; e de 9,5% para 9,3% ao ano para SFI. Com isso, a Caixa voltou a ter as maiores taxas de juros imobiliários do país. Confira como ficaram os valores dentre os bancos que promoveram reduções:

taxa de juros

Taxa de juros é importante, mas não é tudo

De acordo com o diretor executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon), João Henrique, a taxa de juros é um dos fatores principais a se prestar atenção na hora de comprar um imóvel. “Mesmo um percentual aparentemente pequeno como 0,5% faz diferença e reflete no saldo devedor, pois estamos tratando de um financiamento a longo prazo, que vai durar 20, 30 anos”, explica.

Mas, segundo ele, é um erro focar apenas na taxa de juros e esquecer das outras variáveis envolvidas no momento de escolher um banco. “A Caixa, por exemplo, pode ter os maiores juros do mercado, mas concentra cerca de 70% do financiamento imobiliário por ter expertise na área, seguida do Banco do Brasil. É uma instituição séria e, consequentemente, um negócio seguro para o consumidor”, acrescenta.

Quem pretende financiar um imóvel deve, ainda, desconfiar de instituições que oferecem taxas muito mais baixas que a média de mercado. Nesses casos, vale sempre a pena checar a instituição no site do Banco Central. “Alguns bancos praticam taxas mais baixas desde que a pessoa adquira outros produtos, como cheque especial, seguro de vida, etc.”, alerta João Henrique. “E é aquela velha história: o barato acaba saindo caro”, conclui.

CARIRI EM AÇÃO

Com Jornal da paraiba/Foto: Reprodução Internet

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