Alcântara, Venezuela e comércio: veja os temas que Bolsonaro e Trump devem discutir em Washington

Jair Bolsonaro e Donald Trump se reúnem pela primeira vez nesta terça-feira (19), em Washington. O encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos guarda expectativas de que acordos na área militar sejam assinados, além de que os dois países aumentem a pressão contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

Ao confirmar a visita, a Casa Branca adiantou, sem entrar em detalhes, alguns dos pontos previstos nas conversas entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos. Veja quais são:

  • Oportunidades para cooperação na área militar;
  • Como construir um “Hemisfério Ocidental mais próspero, seguro e democrático”;
  • Restauração da democracia na Venezuela;
  • Esforços para entregar a ajuda humanitária na Venezuela;
  • Políticas comerciais que favoreçam crescimento econômico;
  • Combate ao crime transnacional;

Dentro desses temas, confira abaixo o que pode ser discutido entre Bolsonaro e Trump, em Washington

Centro de Lançamentos de Alcântara (MA)

Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) — Foto: Reprodução/TV MiranteCentro de Lançamento de Alcântara (CLA) — Foto: Reprodução/TV Mirante

O governo brasileiro adiantou que o encontro tratará de um acordo bilateral para permitir que os EUA lancem satélites, foguetes e mísseis a partir do Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Bolsonaro e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, confirmaram que o assunto está na pauta do encontro nesta terça-feira.

“O Brasil pode ser o principal ponto, talvez, de lançamentos de satélites em bases comerciais – o que não era possível se não tivéssemos esse acordo, porque sem acordo não é possível utilização de tecnologia americana nesses lançamentos”, apontou o chanceler.
FTI foi lançado com sucesso pelo CLA — Foto: Divulgação / CLAFTI foi lançado com sucesso pelo CLA — Foto: Divulgação / CLA

Apesar de ceder a base de lançamentos aos EUA, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) prevê que o local continuará sob jurisdição brasileira.

O tema não é novidade. Em 2000, o então presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, assinou o acordo com os EUA. No entanto, o Congresso Nacional rejeitou o texto.

“Estamos perdendo dinheiro naquela região há muito tempo. Poderíamos estar lançando satélites do mundo todo ali [em Alcântara]”, disse Bolsonaro na transmissão ao vivo.