PEC que unifica eleições encontra resistências entre políticos da Paraíba

Apesar de políticos de 210 municípios paraibanos, entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, terem assinado recentemente, um manifesto em defesa da PEC 56/2019, apensada à PEC 376/2009, que propõe uma eleição única em 2022. Nem todos os políticos paraibanos são favoráveis a proposta como é o caso dos deputados estaduais Anísio Maia (PT) e Jeová Campos (PSB). Além do vereador campinense Olimpio Oliveira (MDB).

De acordo com o autor da PEC 56/2019, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), a proposta já recebeu o parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Valtenir Pereira (MDB-MT), e aguarda apenas a votação para seguir ao plenário. “Temos grandes chances de aprovarmos essa proposta, basta união. Então, é importante que identifiquemos os deputados de cada estado que compõem a CCJ para pedirmos o apoio, pedir para que votem favorável ao relatório”, destacou durante pronunciamento encaminhado aos prefeitos e vereadores da Paraíba.

Apesar de contar com o apoio basicamente completo da bancada federal paraibana no Congresso, a PEC também enfrenta resistências como a de Anísio Maia (PT) que disse que a proposta não passa de jeito nenhum porque não tem qualquer respaldo popular. “Se o povo elegeu vereador e prefeito para mandatos de quatro anos, o Congresso não pode chegar e, de uma canetada só, inventar de mudar”, comentou.

Assim também pensa o deputado socialista Jeová Campos que também é contra a reeleição e diz que se pode unificar as eleições  sem prorrogar os mandatos: “Não faz sentido um vereador ou um deputado ter três, quatro e até mais mandatos. O Congresso precisa trocar essa PEC por outra que inclua o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente e que permita apenas uma reeleição para vereador e deputado”, disse.

O vereador campinense Olimpio Oliveira também é contra, apesar de ser uma voz isolada no parlamento campinense a esse respeito. “Essa PEC passando ao final de quatro anos, eu não teria condições morais e éticas de aceitar de mãos beijadas dois anos de mandatos, para os quais não fui eleito. O meu dever e o peso da minha consciência diria, Olimpio renuncie ao final dos quatro anos de mandatos, pois você foi eleito para quatro anos e não seis anos de mandato”, afirmou.

Com PB Agora