Velas, fios e cigarros eram utilizados para torturar criança de 7 anos no Cariri da Paraíba

Velas, fios, cigarros e até pedaços de madeira. Esses eram os materiais utilizados pela mãe e pelo padrasto nas sessões de tortura a que era submetido o menino de 7 anos encontrado com sinais evidentes de maus-tratos e agressões na cidade de Boqueirão, no Cariri da Paraíba. Segundo o delegado do caso, Iasley Almeida, a criança também passava fome e às vezes era acorrentada como forma de castigo. A situação só foi descoberta quando os professores do garoto desconfiaram do comportamento dele na escola.

De acordo com o boletim médico mais recente divulgado pelo Hospital de Trauma de Campina Grande, o menino segue internado na unidade hospitalar e apresentou febre nesta quinta-feira (18), quando seria feita a cirurgia plástica para reconstruir parte do couro cabeludo da vítima. Por conta disso, ainda não há previsão de alta.

Laudo detectou sinais de tortura na criança

Tanto a mãe quanto o padrasto do garoto foram presos na manhã da quinta-feira (18) em Boqueirão por força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. O resultado de um laudo elaborado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) atesta que a criança, atendida com um quadro de desnutrição, múltiplos ferimentos e queimaduras, era vítima de tortura.

Segundo o chefe do Numol, Márcio Leandro, o menino apresentava anemia profunda e estava muito debilitado no momento do exame. Para ele, este é um indício de que o menino teria passado um extenso período sem receber alimentação .

Informações Com OP9