Jogadora brasileira é apelidada de ‘Neymar do Handebol Feminino

Um dos destaques da conquista do hexacampeonato da seleção feminina de handebol em Jogos Pan-Americanos, a ponta esquerda Larissa Araújo, de 27 anos, foi apelidada de “Neymar do Handebol Feminino” pelo jornal peruano El Comercio. Ela disse ficar honrada com a comparação, mas não sem antes fazer uma observação: “Deveria ser ‘Marta do Handebol'”.

Larissa atribui comparação à sua posição dentro de quadra

Larissa atribui comparação à sua posição dentro de quadra

Abelardo Mendes Jr./Rede do Esporte – 25.7.2019

Ao citar Larissa, a publicação peruana mencionou que a brasileira “joga bonito”, assim como o camisa 10 da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain, e ainda destacou a velocidade da camisa 20 do handebol.

“Quem tenta pará-la quase sempre acaba no chão”, analisou o jornal logo após a partida em que as meninas do Brasil atropelaram o Canadá por 41 a 12, com quatro gols de Larissa.

A atleta avaliou que a comparação pode ter sido atribuída a ela devido à posição em que atua dentro de quadra. “Jogar na ponta requer mais habilidade na finalização, porque nós temos menos ângulo na hora de arremessar a bola para o gol”, afirmou.

Nascida em Curitiba (PR), Larissa atualmente joga pelo Cluj-Napoca, da Romênia. Ela participou de todos os jogos do Brasil em Lima e adicionou a sua coleção a segunda medalha dourada de Jogos Pan-Americanos.

Larissa converteu 75% dos arremessos na Lima 2019

Larissa converteu 75% dos arremessos na Lima 2019

Wander Roberto/COB – 29.7.2019

Em Lima 2019, Larissa arremessou 16 vezes e marcou 12 gols, nada menos do que 75% de aproveitamento nas finalizações de quadra.

De acordo com Larissa, existe uma cobrança adicional para não errar os arremessos por jogar posicionada em um dos extremos da quadra. “É uma grande responsabilidade de ter que finalizar e converter o arremesso em gol. Os técnicos, inclusive, cobram muito isso”, revelou a camisa 20 da seleção.

De olho nas futuras gerações da modalidade, ela orientou que os novos jogadores não desistam do sonho de se tornar profissionais. “Tive a oportunidade sair da minha cidade e ir jogar em um clube aos 15 anos e tudo isso teve origem nos jogos escolares. Eu me formei para depois ir buscar outras oportunidades”, contou a agora bicampeã Pan-Americana.