Nutricionista ensina receitas para amenizar os sintomas de ressaca

Quem nunca exagerou um pouquinho na bebida alcoólica durante as festas de final de ano? Não se preocupe, você não está sozinho. O problema é o day after, isto é, o dia seguinte da festança, quando surgem os sintomas daquela ressaca: tontura, enjoo, sede, dores de cabeça e, até mesmo, tremores.

De acordo com a nutricionista Andressa Firmo, esses sintomas são apresentados no nosso corpo porque “algumas horas após cessar a ingestão, começam a aparecer os efeitos da abstinência da substância e por isso o nosso corpo começa a pedir mais álcool”.

“As mulheres e os idosos ficam mais propensos aos efeitos, uma vez que, fisiologicamente apresentam maior concentração de gordura quando compara-se com os homens adultos”, afirmou.

Isso acontece, segundo a profissional, porque “quando ingerimos uma bebida alcoólica, o etanol começa a ser absorvido no nosso estômago e é liberado para a corrente sanguínea de acordo com a quantidade consumida e o percentual de gordura corporal”.

Mas antes do efeito da ressaca, o álcool sofre um processo de evolução no sangue. Entre 45 a 90 minutos de ingestão, explicou, as idas ao banheiro ficam mais frequentes. E com a ingestão por um período mais elevado, se perde o controle do senso crítico.

A profissional explica que há um “comprometimento do julgamento e sensibilidade ao meio (rir ou chorar sem explicação), fala arrastada e variação de humor, decorrente da ação da bebida no Sistema Nervoso Central como depressor das funções cerebrais”.

“Se ingerido em pequenas quantidades, o nosso corpo consegue degradar ou transformar a substância através da função enzimática da álcool-desidrogenase (enzima hepática) e da glutationa, entretanto, quando aumenta-se a quantidade, já não são suficientes e começam as surgir os sintomas típicos da ressaca”, esclareceu.

O único meio de prevenir, assegura a nutricionista, é reduzir a bebida e/ou tomar muita água durante o consumo alcoólico. Mas, se você não optou por essa escolha, e decidiu ir em frente, algumas dicas que podem ajudar a aliviar os sintomas desagradáveis, de acordo com Andressa Firmo.

 Aumentar o consumo de água. O álcool causa desidratação e, por isso, é preciso repor do líquido perdido por meio da diurese (produção de urina). Além de que a água auxilia ainda na eliminação de toxinas.
 Consumir café preto sem açúcar, porque o açúcar reduz o inchaço dos vasos sanguíneos que causam a dor de cabeça;
 Consumir alimentos integrais ricos em fibras. Quando o intestino funciona corretamente, melhora a absorção de nutrientes e a nutrição dos tecidos, aumentando assim a capacidade de eliminação de toxinas;
 Consumir sucos de frutas. A presença de frutose (açúcar das frutas) auxilia na remoção do álcool no nosso organismo e, consequentemente, na recuperação de energia;
 Consumo de frutos do mar. São ricos em zinco, nutriente que produz enzimas de digestão;
 Consumir banana pode ser muito eficaz, uma vez que o corpo perde muito potássio pela urina e a banana é repositor desse mineral;
 O uso do gengibre em chás ou em sucos pela manhã pós consumo é excelente por seu efeito anti-inflamatório;
 Alimentos ricos em vitamina C, antioxidante importante para nosso sistema imunológico.

Além dessas dicas, sucos também podem ajudar. Três receitas podem te ajudar, de acordo com a nutricionista. Anote para recorrer quando precisar:

SUCO ANTIOXIDANTE E ANTI-INFLAMATÓRIO

Ingredientes:

2 unidades de Laranja
1 folha de Couve
1/2 unidade de Cenoura
1 pedaço pequeno de Gengibre

SUCO PARA DESIDRATAÇÃO

Ingredientes:

2 fatias de Melão
1 pedaço pequeno de Pepino
1 Maracujá
3 folhas de Hortelã

SUCO ANTIFADIGA

Ingredientes:

1 unidade média Beterraba
1/2 unidade de Limão
250ml de Água de coco