Fevereiro roxo: saiba mais sobre fibromialgia e lúpus

As cores são símbolos de campanhas de conscientização e sensibilização de doenças e causas ao longo do ano. Neste mês, está em andamento a campanha “Fevereiro Roxo”, em alusão aos cuidados referentes às doenças lúpus e fibromialgia.

Em entrevista concedida à rádio Cariri FM, na manhã desta terça-feira (11), a médica reumatologista do Hospital Universitário, Ana Luiza Andrade, falou sobre cada especificidade das doenças, além de explicar mais sobre o objetivo da campanha.

De acordo com a médica, “o lúpus é uma doença autoimune, inflamatória e crônica, que acomete pessoas jovens, na maioria das vezes. Não se sabe exatamente a causa, mas sabe-se que por uma predisposição genética o paciente desenvolve anticorpos contra as próprias proteínas do corpo”.

Já sobre a fibromialgia, Ana Luiza explicou que “é uma outra doença reumatológica, porém, não de cunho autoimune. É uma doença em que existe uma alteração – sem causa definida – da sensibilização da dor”. Ou seja, um paciente com essa doença, tem uma sensibilidade a dor muito maior.

A especialista explicou que as doenças não podem ser evitadas, uma vez que são, em suma, resultado de uma predisposição genética, ou seja, as pessoas já nascem com a doença ou com grande chance de desenvolvê-la.

Um paciente portador de lúpus pode ter acometido qualquer órgão do seu corpo. Existem casos de lupos mais leves e menos graves, que afetam apenas a pele e articulações, e outros casos mais graves, onde coração, cérebro e pulmões podem ser prejudicados – disse.

Ainda durante a entrevista, a médica falou sobre a importância dos medicamentos na manutenção da qualidade de vida dos pacientes. O lúpus é uma doença que pode levar o paciente a óbito, portanto cuidados são necessários.

O paciente que faz o tratamento adequado, toma os medicamentos de forma regular, toma cuidados importantes como evitar a exposição solar, tem uma dieta saudável, pode ter, sim, uma boa qualidade de vida – explicou.

“O diagnóstico precoce dessas ou de quaisquer outras doenças, auxilia no prognóstico, a qualidade de vida e a sobrevida do paciente”, completou a médica.