Coronavírus: Mundo se aproxima de 3 milhões de casos e tem 206 mil mortes

O levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins desta segunda-feira (27) aponta que há mais de 2,9 milhões de casos confirmados de coronavírus e mais de 206 mil mortes em todo o mundo por complicações da Covid-19.

Quase um terço de todas as confirmações de casos de coronavírus do mundo está nos Estados Unidos. O país tem cerca de 965 mil confirmações e ao menos 54 mil mortes.

No Brasil foram registradas 4,2 mil mortes provocadas pela Covid-19 e 60 mil casos confirmados da doença em todo o país,segundo o Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde da Espanha anunciou nesta segunda-feira (27) mais 331 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, o que deixa em 23.521 o total de óbitos da pandemia. Os 288 falecimentos no domingo (26) haviam sido o menor número em cinco semanas.

O Irã registrou mais 96 mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas. O total agora é de 5.806, além de mais de 91 mil infecções.

A Nova Zelândia acredita estar muito perto da eliminação do coronavírus no país, já que os números da doença são quase nulos. Nesta segunda, as autoridades divulgaram mais um novo caso, outros quatro “prováveis” e uma morte. Mesmo assim, o governo pede atenção para evitar uma nova onda de infecções.

A Noruega reabriu nesta segunda-feira as escolas para um novo grupo de crianças, de seis a dez anos, na nova etapa de uma normalização muito lenta e progressiva, que preocupa alguns pais. As aulas serão para no máximo 15 alunos.

Choque com a ciência

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro avaliou que as implicações econômicas da pandemia seriam mais duras para a população do que as consequências na área da saúde. A avaliação do presidente levou a um atrito que culminou na exoneração do ministro.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao lado do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao lado do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao lado do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

“Nós fizemos o nosso ministério em cima de três pilares: uma defesa intransigente da vida, uma defesa intransigente do SUS e uma defesa intransigente da ciência. O comportamento do presidente bateu de frente com a ciência, com o SUS e com a vida”, afirmou Mandetta em uma live do Movimento Brasil Livre (MBL) na noite de domingo (26).

A partir daí, na avaliação do ex-ministro “ficou impossível”. “”Eu não podia sair das minhas prerrogativas e ele não podia sair das dele. Então, ele resolveu substituir o ministro, não o Luiz Henquie Mandetta, mas acho que ele exonerou ali a ciência, que a gente estava tentando seguir”, declarou.

Pelo mundo

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, recuperado da Covid-19, retomou nesta segunda-feira (27) o comando do governo e da controversa gestão do combate à pandemia de coronavírus, com a declaração de que o país “começou a inverter a tendência”, mas deve prosseguir com o confinamento.

Mais de 200 médicos e pessoal da saúde de Cuba chegaram à África do Sul, nesta segunda-feira (27), para participar da luta contra o novo coronavírus no país mais afetado pela pandemia na África

A Austrália lançou um aplicativo para smartphones destinado a rastrear os contatos das pessoas infectadas com o novo coronavírus, com o objetivo de romper a cadeia de contaminação.

Destaques da segunda:

  • Mundo tem mais de 2,9 milhões de casos e ao menos 206 mil mortes
  • Brasil soma 60 mil infecções e 4,2 mil mortes
  • China anuncia mais 11 casos e 11º dia consecutivo sem registrar mortes
  • Argentina estende quarentena até 10 de maio, mas prevê leve flexibilização
  • O governo iraniano planeja reabrir mesquitas em partes do país
  • Primeiro-ministro indiano pede que cidadãos fiquem em casa
  • Miami Beach, nos EUA, mantém o fechamento das praias até junho
  • Nova York registrou 367 novas mortes, o número mais baixo desde 31 de março
  • Itália começa a aliviar restrições no dia 4 de maio
  • Contrariando a OMS, Chile distribui certificado para quem já se curou da Covid-19

Com O Globo