A cloroquina é um medicamento que tem sido muito falado durante a pandemia do coronavírus. Ele é usado no tratamento de doenças como malária, mas ainda não há nenhum estudo que comprove a eficácia no tratamento da Covid-19.

O professor e farmacêutico Felipe Alencar falou sobre os riscos da automedicação durante entrevista veiculada pela rádio Campina FM, na manhã dessa segunda-feira (27).

A automedicação pode oferecer graves riscos à saúde. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, o costume de ingerir remédios por conta própria faz parte da rotina de cerca de 77% da população brasileira.

– Desde quando começou a especulação sobre os medicamentos que poderiam ser úteis para o tratamento do coronavírus, começou uma corrida desenfreada nas farmácias para compra desses remédios. O resultado disso foi que a Anvisa precisasse enquadrar esses medicamentos como controlados – explicou.

Ainda segundo o profissional da saúde, é necessário que a população se atente ao fato de que todo e qualquer medicamento tem efeitos adversos, os chamados colaterais. Esses, podem trazer riscos à saúde e até levar à morte.

– A cloroquina é um medicamento que apresenta como efeito adverso um descompasso do coração, uma arritmia. A depender da dose que a pessoa faz uso, essa arritmia pode ser fatal. Além disso, esse medicamento já apresentou efeitos sérios na visão – concluiu.