Feder recusa convite para assumir o Ministério da Educação

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, informou na tarde deste domingo (5.jul.2020) que não vai assumir o MEC (Ministério da Educação). Ele deu o aviso pelo Facebook. Eis a íntegra da nota:

“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação.”

CONTEXTO
Feder passou por 1 processo de fritura coordenado pela chamada “ala ideológica” do governo, influenciada pelo escritor Olavo de Carvalho. Na manhã deste domingo, ele declarou em sua conta no Twitter que há “muitas informações falsas” sendo divulgadas a seu respeito.

O secretário era considerado 1 nome de “perfil técnico”. Isso desagrada a ala ideológica do governo, que queria retomar o controle do MEC. Os 2 primeiros a comandar a pasta no governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub, têm identificação com esse grupo.

Um dos expoentes do grupo ideológico, o blogueiro Bernardo Küster publicou mensagens criticando o escolhido para o MEC. Uma delas menciona elogio recebido por Feder do apresentador Luciano Huck, potencial adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.

Feder fez uma série de publicações em resposta aos ataques que vem sofrendo nas redes sociais desde que foi convidado a ser ministro. Afirmou que tem se dedicado a “melhorar a educação pública do Paraná, como secretário estadual de Educação, junto ao governador Ratinho Junior”, que é do PSD, que ganhou espaço no governo federal nas últimas semanas. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, é integrante da sigla.