Ministro Paulo Guedes: Precisamos tirar as paixões do debate econômico

O superministro Paulo Guedes (Economia) concedeu uma longa entrevista ao canal de TV CNN Brasil e tratou dos desafios que o governo federal terá no ´novo normal´, após a fase (aparentemente) mais crítica da pandemia. 

Leia algumas de suas declarações.

“Estava tudo combinado (reformas). Faltou combinar com o coronavírus, que afetou a economia do País. De certa forma, é uma exploração política desagradável dizer que estou devendo reforma. 

“É melhor ter bases mais amplas e cobrar alíquotas bastante baixas. 

“Aí desonerando a mão-de-obra, o setor de comércio e serviços não reclama tanto do IVA.”

“Queremos que a empresa acumule capital e que, quando esse capital seja transformado em dividendos para uma pessoa, essa pessoa pague mais (…) Milionário ou bilionário não paga nada sobre os dividendos”.

“Pensamos numa tributação digital, mas esse debate foi interditado e não sei por que não podemos debater isso. Seria o melhor para podermos desonerar a folha salarial e todo mundo pagaria, o traficante, o corrupto, ninguém escaparia. 

“Mas ficam com essa história de que não podemos criar esse imposto. Então vamos ter de aumentar o Imposto de Renda sobre as empresas. Como elas já pagam 34%, então não é possível. Precisamos tirar as paixões do debate.

“Há um esporte nacional de autossabotagem, quando dizem que a gente não vai se recuperar, mas nós já estamos saindo do buraco.

“Parece que o ´fundo do poço´ foi o mês de abril”.