Desemprego diante da pandemia tem alta de 20,9% entre maio e julho, aponta IBGE

A pandemia do coronavírus fez o número de desempregados no Brasil aumentar em 20,9% entre maio e julho. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além do aumento do desemprego, a pesquisa mostrou que:

  • Caiu em 3,5% o número de trabalhadores ocupados na comparação com maio
  • O país perdeu 1,9 milhões de trabalhadores informais em três meses
  • Houve queda de 42,6% no número de trabalhadores afastados devido ao isolamento social
  • 3,2 milhões de trabalhadores afastados ficaram sem remuneração em julho
  • 4 milhões de brasileiros recorreram a empréstimos financeiros na pandemia

De acordo com o levantamento, o país encerrou o mês de julho com 12,2 milhões de desempregados, cerca de 2,1 milhões a mais que o registrado em maio, quando somavam, aproximadamente, 10,1 milhões de pessoas.

Com isso, a taxa de desemprego passou de 12,4% em junho para 13,1% em julho.

Ainda segundo o levantamento, o número de trabalhadores ocupados teve queda de 3,5% entre maio e julho, passando de 84,4 milhões para 81,4 milhões. Ou seja, em três meses caiu em 2,9 milhões o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho.

Em três meses, aumentou em 2,1 milhões o número de desempregados no Brasil, segundo o IBGE — Foto: Economia/G1

O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

De acordo com a Pnad Contínua, em junho o país somou 12,8 milhões de desempregados, deixando a taxa de desemprego em 13,3%. No mesmo mês foi registrada nova queda recorde no número de trabalhadores ocupados. Os dados do mercado de trabalho referente ao mês de julho deverão ser divulgados somente no final de setembro.