Isolamento rígido foi cumprido por 22% dos paraibanos em agosto, segundo IBGE

Somente 22,1% dos paraibanos ficaram isolados de forma rígida em agosto, representando queda em relação a julho, quando essa porcentagem foi de 26,2%. Em números absolutos, 887 mil pessoas ficaram rigorosamente isoladas na Paraíba no último mês – eram 1,05 milhão no mês passado, de acordo com a Pnad Covid-19, divulgada pelo IBGE, nesta quarta-feira (23).

Foi observada também uma redução no número de pessoas que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica – passou de 46,3% para 45,4% dos paraibanos. Isso significa que, em agosto, 1,82 milhão de paraibanos só saíram de casa para necessidades básicas.

Em contrapartida, foi verificado crescimento no percentual daqueles que reduziram contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas, que aumentou de 24,8% para 29,8%, na Paraíba. Foram 1,19 milhão de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas, em agosto.Percentual da população residente segundo medida de restrição de contato com outras pessoas (em %)Em agosto de 2020Não fez restrição: 2,6Reduziu o contato, mas continuou saindo de casa ou recebendo visita: 29,8Ficou em casa e só saiu por necessidade básica: 45,4Ficou rigorosamente isolado: 22,1Fonte: IBGE

Isolamento segundo o rendimento domiciliar per capita

Ainda de acordo com a pesquisa, o isolamento rigoroso foi mais comum na faixa de quatro ou mais salários-mínimos, onde 25,4% das pessoas adotaram restrições rigorosas. Esse percentual foi de 24,8% na parcela da população que tem rendimento domiciliar per capita de menos de meio salário-mínimo.

A maior proporção de pessoas que não fizeram restrição em agosto, cerca de 2,9%, foi vista entre aquelas em que esse valor é de meio a 1 salário-mínimo. O menor percentual, 2,1%, foi observado no grupo em que o rendimento per capta é menor que meio salário-mínimo.

Testagem

Conforme a pesquisa, cerca de 9,2% da população paraibana havia feito algum teste para saber se estava infectada pelo novo Coronavírus, o que representa 367 mil pessoas. É um aumento em relação a julho (290 mil).

A maior participação entre os que fizeram os testes, 29,6%, é daqueles que têm rendimento domiciliar per capita de quatro ou mais salários-mínimos, seguida pelos que têm rendimento de dois a menos de quatro salários-mínimos, com participação de 18,4%. Dos paraibanos com menos de dois salários, aproximadamente 13,7% fizeram os testes.

Aqueles que possuem de meio a menos de um salário, 7,7% se testaram e das pessoas com menos de meio salário-mínimo, somente 5,5% fizeram os testes.Percentual de pessoas que fizeram algum teste para a Covid-19, por rendimento real domiciliar per capita efetivamente recebido (em %)Em agosto de 2020Menos de 1/2 salário mínimo: 5,51/2 a menos de 1 salário mínimo: 7,71 a menos de 2 salários mínimos: 13,72 a menos de 4 salários mínimos: 18,44 ou mais salários mínimos: 29,6Fonte: IBGE

Sintomas gripais

Cerca de 8,2% dos paraibanos apresentaram algum dos sintomas de síndromes gripais em agosto. É a maior porcentagem do Brasil, a mesma registrada no Rio Grande do Sul. Também houve uma leve diminuição na proporção de pessoas que apresentaram sintomas conjugados, que caiu de 1%, em julho, para 0,7%, em agosto, passando de 39 mil pessoas para 28 mil.

Cerca de 8,2% dos paraibanos tiveram sintomas gripais no último mês, o que equivale a 330 mil pessoas — Foto: IBGE/Reprodução

Cerca de 8,2% dos paraibanos tiveram sintomas gripais no último mês, o que equivale a 330 mil pessoas — Foto: IBGE/Reprodução

Na estatística, são considerados os sintomas de febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor, e dor muscular. A informação é fornecida pelo morador entrevistado e não é necessário diagnóstico confirmado.

Das pessoas que tiveram algum dos 12 sintomas investigados, apenas 19,5% foram a estabelecimento de saúde. É uma queda quando comparado ao percentual registrado em julho, 22,5%.

Já entre aqueles que tiveram sintomas conjugados, a procura por atendimento em estabelecimento de saúde é maior, aproximadamente 46,5% – número também inferior ao verificado no mês de julho, 49,6%.

COM G1