Funcionários do banco Bradesco paralisam atividades e protestam contra demissões e assédio moral em João Pessoa

Os funcionários do banco Bradesco da Avenida Epitácio Pessoa, na capital paraibana, paralisaram as atividades nesta quinta-feira (19) e protestaram contra demissões e assédio moral. O funcionamento da agência será retomado a partir das 12 horas. 

O protesto faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Segundo informações, os sindicatos dos bancários de todo o país seguem com as ações até que as demissões sejam encerradas e revertidas as que ocorreram até o momento.

De acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, mais de 2 mil trabalhadores já foram demitidos pelo banco. Ainda de acordo com a comissão, no mesmo período obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, que é funcionário do Bradesco, externou o descontentamento e apreensão de funcionários e funcionárias do Bradesco com as demissões e com a prática de assédio moral.

“É um absurdo que um banco que lucra muito com a exploração de seus empregados, clientes e usuários de serviços bancários, mesmo tendo assumido o compromisso de não demitir durante a pandemia, esteja desempregando pais e mães de família que deram o melhor de si e que agora estão inseguros ao verem o Bradesco demitindo em plena pandemia. Além disso, há denúncias da prática de assédio moral de gestores que estão fazendo o “diabo” com seus subordinados aqui no Banco da Cidade de Deus. E nós, enquanto representantes da categoria profissional mais afetada pela pandemia, não vamos parar de manifestar nosso repúdio contra essa ganância desenfreada, quando o banco deveria estar disponibilizando parte do seu lucro para manter empregos e ajudar no combate a esse terrível vírus. E não é só uma questão corporativa, pois a cada funcionário demitido é um atendimento a menos que prejudica a população”, concluiu Lindonjhonson Almeida.

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