Bahia afasta Ramírez e diz que voz da vítima é preponderante em casos de racismo

O Bahia, através de nota em seu site oficial, manifestou-se sobre a denúncia de racismo feita pelo meia Gerson, do Flamengo, ao colombiano e jogador do time, Índio Ramírez, durante a derrota por 4 a 3, no último domingo. O Tricolor afirma que seu atleta negou veementemente as acusações sofridas, mas ao mesmo tempo afastou o meia-atacante até que a apuração do caso seja concluída.

Em entrevista após a partida, Gerson disse ter ouvido “Cala a boca, negro” do meia-atacante Índio Ramírez. No episódio, Gerson também discutiu com Mano Menezes no campo e pediu respeito ao técnico.

A transmissão do Premiere captou o áudio do momento em que Gerson reclama com Mano Menezes sobre Ramírez. Pelo som dos microfones, foi possível perceber que o meia do Flamengo reclamou em direção ao banco do Bahia.

Mano Menezes deixou o comando do Bahia poucas horas depois do episódio e, em publicação nas redes sociais, afirmou que condena qualquer ato racista.

O vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz concedeu entrevista após o jogo e defendeu apuração do caso. Na súmula da partida, o árbitro relata não ter visto o episódio de racismo.

Confira na íntegra a nota divulgada pelo Bahia:

“O Esporte Clube Bahia vem a público se manifestar sobre a denúncia de racismo feita pelo atleta Gerson, do Flamengo, ocorrida na noite deste domingo (20).

O atleta Indio Ramírez nega veementemente a acusação e a ele está sendo dada a oportunidade de se defender de algo tão grave.

O clube entende, porém, que é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza.

Assim, decidiu afastar imediatamente o jogador das atividades da equipe até a conclusão da apuração.

O presidente Guilherme Bellintani ligou para Gerson a fim de prestar solidariedade.”

G1