Ednaldo Batista: um caririzeiro ligado à suas origens culturais

O nosso personagem de hoje, aqui nesta editoria é uma daquelas figuras, que quando você a conhece; parece que já a conhecia há muito tempo… Sem muitas delongas, apresento a vocês Ednaldo Batista. Filho de Taperoá e Caririzeiro com “C” maiúsculo!

Ednaldo Batista, é um cidadão ligado nos detalhes da vida cotidiana do seu município em suas diversas áreas: política, religiosa, cultural, social e outras.

Um profissional dedicado ao seu salão de beleza, junto a sua esposa Sônia conseguiram um grande leque de clientes, em Taperoá e região. A prova disso é um registro em um retrato na estante do seu novo cliente: o pároco Padre Fabricio.         

Uma vida dedicada a beleza

Como já citamos Ednaldo é um homem ligado a cultura local. Com uma memoria cheias de lembrança, dos acontecimentos da vida cultural de Taperoá. Que vão das letras musicas de Vital Farias, aos embalos da antiga Boate Skinão. 

Ednaldo promoveu a alegria e o entretenimento de muitas pessoas, responsável por grandes eventos artísticos. No auge do sucesso, Bandas exemplo de Limão Com Mel, foram algumas das atrações apresentadas em Taperoá.

É bom lembrar: Taperoá é um berço cultural do Cariri. Entre seus representantes estar Ariano Suassuna.

Como se diz na cultura nordestina: “já fizemos uma boa sala, para o nosso visitante”, ou melhor, o nosso entrevistado.

O Cariri Em Ação, pergunta:

C.E.A – Quem é e como definir Ednaldo Batista?

E.B – Eu sou um cidadão Brasileiro, Nordestino, Paraibano de Taperoá, tenho muito orgulho das minhas origens e raízes, sou de família humilde, honesta, humana e batalhadora. Vivo sempre sonhando, lutando e acreditando que irei alcançar meus objetivos, com muito foco, fé em Deus e força de vontade.

C.E.A – Fale um pouco das suas ocupações em Taperoá?

E.B – Exerço a profissão juntamente com a minha esposa Sônia Moura desde 1994 de cabeleireiro e barbeiro, produtor de eventos quando solicitado, ultimamente estou fazendo alguns trabalhos musicais e acabei de escrever um pequeno livro que com certeza estarei publicando brevemente, com muito trabalho, carinho e dedicação.

C.E.A – Mais ou menos, quantos eventos você promoveu em Taperoá, e quais artistas de grandes nomes?

E.B – Sinceramente, não tenho a menor ideia de quantos eventos eu já promovi. Sei que foram muitos, não somente em Taperoá, mas em outras cidades também, eventos públicos e privados, desde dos anos 80.

Trabalhei com vários artistas, bandas, seresteiros e humoristas, entre eles: Banda Limão com Mel, Louro Santos, Zé Lezin e Shaolin. Teve muita gente boa, mas também muito coisa ruim, os bons lembro com carinho; os ruins eu nem lembro mais, porque tudo que é bom vai pra frente e o que ruim fica pra trás.

C.E.A – Faça uma leitura das manifestações culturais de Taperoá e seus artistas?

E.B – Taperoá é uma cidade tradicional de grandes eventos culturais como: festas religiosas, São João e Carnaval.

Temos um grande seleiro cultural em várias áreas e que cresce a todo momento. Independentemente da situação, nossos artistas são antes de tudo muito fortes, guerreiros e estão sempre nos surpreendendo com os seus progressos e desenvolvimento, acredito, torço e tenho certeza que dias melhores virão para o bem estar de nossa cultura e de nosso povo Taperoaense.

C.E.A –  Do cabeleireiro ao cantor. Como você encara essa tarefa de artista?

E.B – Encaro da melhor maneira possível, até porque, quando a gente faz o que gosta, com carinho, amor e respeito com próximo, as coisas funcionam de verdade, sempre com pé no chão e procurando desenvolver cada vez mais o potencial que existe dentro de você, que só você conhece e acredita melhor do ninguém, isto é o bastante para você seguir em frente, ir aonde quiser e desejar chegar. Simbora sonhar!

C.E.A –  Qual o seu repertório, destaque alguma música?

E.B – Minha maior referência: Jorge de Altinho, Flávio José, Alceu Valença, Fagner, Alcimar Monteiro, Vital Farias, Gonzagão e outros do mesmo nível e de boas qualidades musicais.

C.E.A –  Você é otimista com a cultura de Taperoá?

E.B – Otimista até demais, até porque, como Taperoaense que sou, me sinto com dever de valorizar sempre o que é nosso, precisamos, apoiar, incentivar e acreditar cada vez mais em nossos talentos. Para que cada um tenha o direito de continuar sonhando e acreditando nos seus objetivos, que com certeza serão alcançados como outros que lutaram, sofreram, mas chegaram com muita garra, coragem e Fé em Deus.

Termino dizendo: Deus nos abençoe, nos proteja, nos guarde, nos ilumine e nos zele assim!

A cultura: da tesoura ao microfone

Assim, como Ednaldo Batista, o Cariri paraibano é composto por personagens que com sua alma cultural viva, contribuem para que possamos escrever a cada dia a história da nossa gente, registrando o legado para os seus municípios. Tal vez, a próxima história será a sua! 

Por: Marcos Lima (Redação do Cariri Em Ação)