Com aumento de casos e semelhanças entre sintomas, infectologista explica diferenças entre covid-19 e H3N2; saiba quais são

Poder haver semelhanças, mas uma é bem mais violenta que a outra. Essa é uma das definições que o diretor geral do Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, o infectologista Fernando Chagas, explicou em uma conversa ao ClickPB, nesta segunda-feira (10), sobre as diferenças entre a influenza e a covid-19.

Segundo ele, para entender como é possível diferenciar um quadro do outro, basta entender que a covid-19 é uma doença complexa, chamada de sistêmica, uma vez que acomete diversas regiões do corpo e pode causar trombose. “A covid-19 é uma doença mais profunda, pois ela é inflamatória e pega mais os pulmões, além de pegar também diversos sistemas do corpo, podendo até causar trombos. Além de inflamatória, a covid-19 é sistêmica e trombótica. Já a influenza é uma gripe da via respiratória, que pode pegar a via aérea superior e inferior, como nariz, garganta e boca, ou os pulmões também, além da dor no corpo”, analisou.

O especialista destaca que a diferença pode ser encarada da seguinte forma, “a gripe não causa o acometimento do corpo todo, nem acontecimentos trombóticos. Já o coronavírus é muito mais mortal, o que não significa que o quadro de gripe não é perigoso, vai depender de cada indivíduo, se tem comorbidades será sempre mais preocupante”, destacou.

De acordo com ele, a fórmula para tentar escapar de pegar ambas as doenças permanece as mesmas: vacinação, máscara e demais protocolos sanitários. “A variante ômicro é o ápice da evolução, e ela tem uma capacidade menor de causar a forma grave. Por isso, é muito importante a vacinação. Quem é vacinado tem mais chances de se proteger e proteger os demais. Além disso, é importante o uso de máscara e o respeito aos protocolos sanitários. A influenza tem riscos sim, para crianças abaixo de dois anos, idosos e pessoas com comorbidades, assim como, gestantes e puérperas.  Se você está vacinado, dificilmente você pegara, e se pegar, não será na forma grave”, reforçou.

Além disso, ele destaca a importância de continuar usando máscaras e mantendo distanciamento para evitar o contágio por ambos os vírus. “Mesmo com as diferenças na manifestação de ambas as doenças, é importante se vacinar, manter os cuidados, e ir ao médico, uma vez que é difícil ter certeza sobre se um quadro respiratório é sintoma da Influenza ou da Covid-19”, pontuou.

 

ClickPB